Imagens de um dia triste

Só concebo uma campanha eleitoral como uma festa da democracia. Onde a mobilização dos eleitores para o voto, e a sua "conquista" para a nossa candidatura, deve consistir num salutar combate de ideias. Nunca numa guerra de palavras, insultos, boatos e rumores.

Alcácer tinha, e tem tudo, para se poder fazer uma campanha exemplar: - tem como candidatos, cidadãos que são irrepreensíveis na sua vida política, profissional e familiar.         Todos à procura de conseguir os objectivos com que se candidatam; todos cientes de que tem propostas e ideias positivas para Alcácer.

Ora, a campanha eleitoral deve consistir na busca do apoio da população ao seu projecto , enfatizando as qualidades políticas e de carácter de cada um, e esgrimindo argumentos convincentes para conseguir a adesão e o voto popular.

Mas podemos e devemos desempenhar com convicção o nosso papel de candidatos, sem termos que descer ao patamar do ataque pessoal, da falta de respeito, da difamação, e do "pugilato"político. Se o fizermos, estamos a retirar nobreza à política, contribuindo para a sua descredibilização, e para o voltar de costas dos cidadãos, agravando a abstenção.

Tive o privilégio de ter conhecido 3 dos 5 candidatos à Presidência da Câmara, Vítor Proença, que espero e desejo que seja o candidato da CDU, por considerar não haver qualquer impedimento de  ordem legal para o não ser, conheci o candidato do PSD, Pedro Goucha, que me pareceu uma pessoa extremamente afável, um empresário conhecido e respeitado, em Alcácer, e, numa visita à Escola Secundária, encontrei-me com a candidata do CDS, a Professora Teresa, pessoa extremamente simpática, comunicativa e assertiva.

De Vítor Proença, tenho a melhor das impressões pessoais. Homem com "berço", cujos Pais são personalidades conhecidas e respeitadas, de grande cultura e notoriedade. Tenho também um enorme respeito e admiração pelos Pais maravilhosos de Pedro Goucha. Do mesmo modo, tenho uma enorme estima pessoal pelo candidato do PCP à Presidência da Assembleia Municipal, António Balona.   

Temos tudo para fazer desta eleição de Alcácer, algo de diferente e exemplar, onde a critica política não tenha limites, desde que fundamentada, mas onde nunca se ultrapasse a barreira "sagrada" das regras  de convivência cívica e democrática, que não podem coexistir com o desrespeito, a mentira, e a calúnia.  

Fiquei por isso triste e preocupado quando no último fim de semana encontrei em Casebres a minha propaganda eleitoral vandalizada, conforme fotos abaixo inseridas.Sei que Vítor Proença, António Balona e muitos outros dirigentes comunistas de Alcácer não se revêem nesses comportamentos, não os avalizam, nem tem qualquer responsabilidade pelos mesmos. Só peço, que a todo o instante façamos um apelo veemente e pedagógico ás nossas "claques", para que o necessário entusiasmo, devoção e garra com que vão participar na campanha seja feito no escrupuloso respeito pelos outros  .